O tema do Dia Mundial das Missões é um convite dirigido a cada um de nós para cuidar e dar a conhecer aquilo que tem no coração.
30/09/2021
Neste mês, consagrado às Missões, a Igreja, Mãe e Mestra, nos recorda o constante chamado e envio que o Senhor nos faz para, na força do Espírito, anunciá-Lo com a nossa vida.
Fruto de uma Catequese limitada temos dificuldade de pensar missão como compromisso de da fé! Missão é responsabilidade da Igreja, dos ministros ordenados e dos consagrados(as), repetimos como um mantra.
A Conferência do Episcopado Latino-Americana realizada em Aparecida-SP chamou-nos à consciência de que não há discipulado sem missionariedade. Ou somos discípulos-missionários ou não somos discípulos(as) de Jesus.
O Papa Francisco nos lembra que a missão é uma paixão por Jesus Cristo e, ao mesmo tempo, uma paixão pelas pessoas. Quando nos detemos em oração diante de Jesus crucificado, reconhecemos a grandeza do seu amor, que nos dignifica e sustenta e, simultaneamente, apercebemo-nos de que aquele amor, saído do seu coração trespassado, estende-se a todo o povo de Deus e à humanidade inteira; e, precisamente deste modo, sentimos também que Ele quer servir-Se de nós para chegar cada vez mais perto do seu povo amado e de todos aqueles que O procuram de coração sincero. (“Evangelii Gaudium”, 268)
“Não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos” (At 4, 20), é o tema do Dia Mundial das Missões a ser celebrado em 24 de outubro.
Em Mensagem para este dia, o Papa nos diz: “Neste tempo de pandemia, perante a tentação de mascarar e justificar a indiferença e a apatia em nome de um sadio distanciamento social, é urgente a missão da compaixão, capaz de fazer da distância necessária um lugar de encontro, cuidado e promoção”.
Neste contexto, “há urgente necessidade de missionários de esperança que, ungidos pelo Senhor, sejam capazes de lembrar profeticamente que ninguém se salva sozinho”.
O tema do Dia Mundial das Missões é um convite dirigido a cada um de nós para cuidar e dar a conhecer aquilo que tem no coração. Esta missão é, e sempre foi, a identidade da Igreja: «ela existe para evangelizar». Não é o momento de se fechar, pois mesmo os mais frágeis, limitados e feridos podem ser missionários à sua maneira, “porque sempre devemos permitir que o bem seja comunicado”.
Hoje, continua Francisco, Jesus precisa de corações que sejam capazes de viver a vocação como uma “verdadeira história de amor”, que os faça sair para as periferias do mundo e tornar-se mensageiros e instrumentos de compaixão. As periferias não são só geográficas, mas existem perto de nós, no centro de uma cidade ou na própria família, em nossos edifícios, casas, e até, em nossas redes sociais. A missão não é fruto de cálculos, mas é aventurar-se no cultivo dos mesmos sentimentos de Cristo Jesus e, com Ele, acreditar que a pessoa ao meu lado é também meu irmão, minha irmã. Mãos à obra, missão é imperativo de nossa fé!
Pe. Geraldo Corrêa – Pároco
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