Toda categoria profissional tem o seu dia de comemoração. Também os padres têm o seu, no quatro de agosto. Mas por que esta data? No calendário litúrgico/religioso da Igreja, quatro de agosto é o dia de São João Maria Vianney, o Cura D’Ars, que foi declarado santo por Pio XI e patrono dos padres. João […]
3/08/2011
Toda categoria profissional tem o seu dia de comemoração. Também os padres têm o seu, no quatro de agosto. Mas por que esta data? No calendário litúrgico/religioso da Igreja, quatro de agosto é o dia de São João Maria Vianney, o Cura D’Ars, que foi declarado santo por Pio XI e patrono dos padres.
João M. Vianney nasceu em Dardilly (Lyon, França) em 1786 e morreu em 1859. Foi ordenado presbítero/padre em 1815. Exerceu seu ministério pastoral em Ars–en–Dombes, uma cidadezinha que não tinha mais de quinhentos habitantes, mas que acabou atraindo multidões pelo testemunho e pela pregação de seu Pároco.
Tive a oportunidade de visitar Ars, que se mantém ainda muito próxima do que foi no tempo de seu famoso e santo pároco. Guardo a lembrança da pequena igreja que, por si só, nos remete para o alto.
Ao passar por sua porta, de imediato somos envolvidos por sua penumbra e aura místicas. Então parei, olhei, contemplei e vi: o púlpito, o confessionário e a mesa do altar. Três lugares onde o Cura D’Ars celebrava os sagrados mistérios. Do púlpito anunciava a Palavra de Deus com unção e profecia, despertando nos ouvintes sincero desejo de conversão que os levava para o tradicional confessionário, onde eram acolhidos, ouvidos, aconselhados e pela misericórdia divina, reconciliados com o Pai, com a Igreja e consigo mesmos.
Enfim, caminhavam para a mesa do altar, onde o Cura D’Ars celebrava, piedosamente, a Eucaristia. Assim, em torno da mesa dava-se o encontro pessoal com o Senhor e com os irmãos.
Mas o ministério do Cura D’Ars não se restringia ao espaço interno de sua pequena igreja, pelo contrário, expandia-se por toda a cidade em obras de caridade e cuidado com os pobres e órfãos.
A onda de Ars avançou por toda a França e não poupou nem eclesiásticos e nem mesmo responsáveis do poder público. Pois, assim acontece o dinamismo do Reino que passa pela mediação de instrumentos simples e frágeis.
Por esses poucos dados, podemos entender porque o Cura D’Ars é apontado para os padres/párocos como modelo de discípulo, pastor e servidor do Povo de Deus. Discípulo que escuta a Palavra do Mestre e se põe a caminho. Pastor que sai e vai ao encontro dos irmãos, especialmente dos afastados, cujas vidas correm risco. Servidor que acolhe com bondade e misericórdia a todos e, com carinho especial, os pobres, doentes e pequenos, para que tenham vida em plenitude.
Nesta oportunidade saúdo fraternalmente os colegas padres da Arquidiocese de Campinas, desde os mais idosos, Côn. Carlos Menegazzi e Côn Álvaro A. Ambiel, Cura da Catedral, aos mais jovens Alessandro Tavares, Erisvaldo da Silva e Ronaldo Temóteo, recém ordenados. Bem como nossos Bispos D. Bruno e D. Gilberto.
Parabéns!
Pe. José Arlindo de Nadai, Pároco da Paróquia Divino Salvador, secretário de Comunicação e porta-voz oficial da Arquidiocese de Campinas
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